Ao g1, o pai do menino, Kauan José dos Santos Almeida, contou ter presenciado o momento em que Antony engoliu a moeda no dia 25 de janeiro. Segundo ele, o filho tinha acabado de sair do banho, quando pegou o objeto na cama e o colocou na boca.
Ainda conforme o pai, ao perceber que o menino estava sem ar, tentou fazer a manobra de Heimlich para desengasgá-lo, mas sem sucesso.
“Eu o virei por segundos para pegar uma fralda e escutei ele engasgando. Não sei de onde surgiu a moeda. Eu tentei fazer a manobra, mas vi que ele não estava respondendo, estava desmaiando”, relembrou o pai.
Na ocasião, a criança foi levada às pressas pelo pai e pela esposa, Letícia Bruna, ao Corpo de Bombeiros, onde constataram que o menino engoliu o objeto e recuperou a respiração.
Depois, Antony foi levado pelos pais à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, onde um médico o orientou a aguardar pelo período de quatro dias para que a moeda saísse nas fezes. Depois de passado o tempo de espera, os pais procuraram a UPA Tangará, onde os profissionais também pediram que aguardasse mais quatro dias.
Entretanto, após nove dias, o menino não expeliu o objeto. Diante da situação, o pai buscou atendimento novamente na UPA Tangará na segunda-feira (3), onde foi feito o raio-x que detectou que a moeda estava presa. De acordo com o pai, a criança não teve febre ou outros sintomas.
Os pais ainda relataram ter aguardado a liberação da ambulância para a transferência do menino até o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) por pelo menos seis horas na segunda-feira (3), entre 15h e 21h. A demora, conforme eles, causou momentos de angústia.
No hospital, a criança foi submetida a uma endoscopia na manhã desta terça-feira (4). Os médicos conseguiram fazer a retirada da moeda. Antony ainda não tem previsão de alta hospitalar, mas se recupera bem do procedimento, de acordo com o pai.
O g1 questionou a Prefeitura de Rio Preto sobre a demora na liberação da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a criança recebeu atendimento conforme os protocolos vigentes e apresentava quadro de saúde estável.
Ainda conforme a pasta, o tempo de deslocamento entre a UPA e o hospital considera a gravidade dos demais pacientes que aguardam transferência, garantindo a prioridade aos casos mais graves. A secretaria reafirmou, no entanto, que está atenta aos atendimentos realizados nas unidades de urgência, visando melhorar a qualidade do serviço prestado à população.