As equipes do Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério Público estão treinando os supervisores da Vigilância Ambiental para o manejo de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) usados no combate do Aedes aegypti nesta quinta-feira (30) em São José do Rio Preto (SP).
As estações funcionam como uma espécie de armadilha para combate ao mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Além de Rio Preto, Catanduva e Votuporanga (SP) também vão receber a tecnologia.
Rio Preto vive uma epidemia de dengue e declarou situação de emergência em saúde pública. Em 2024, Rio Preto registrou mais de 35 mil casos e 21 mortes pela dengue. Nos 30 dias de janeiro deste ano, a cidade já confirmou 2.661 casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A Secretaria Municipal de Saúde ainda divulgou as duas primeiras mortes pela doença.
O que são EDLs?
As EDLs são uma nova estratégia nacional de combate ao Aedes aegypti, que utilizam a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicidas.
Ao colocar os ovos na EDL, o mosquito fica impregnado com o inseticida e, à medida que passa para outros criadouros acaba contaminando os recipientes com o produto. Dessa forma, há uma redução no desenvolvimento de larvas e na infestação.
Rio Preto vai receber três mil EDLs que serão implementadas em áreas com maior incidência de dengue, em estratégia a ser definida junto à equipe da Fiocruz.
O anúncio do envio das EDLs para a cidade foi feito no dia 13 de janeiro, durante uma reunião de representantes do Ministério da Saúde com o secretário de Saúde de Rio Preto, Rubem Bottas.