Uma operação da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria de Saúde de Votuporanga (SP), fechou na segunda-feira (26) uma clínica clandestina na Rua Péricles Beline que mantinha 11 pessoas em condições degradantes.
Segundo a polícia, o local funcionava irregularmente como comunidade terapêutica. No espaço, havia cinco quartos e dois banheiros em péssimas condições de higiene, colchões sem roupas de cama e alimentos armazenados de forma inadequada.
"Constatamos que não havia profissionais da área da saúde, o ambiente apresentava mal cheiro, condições insalubres e funcionava como um verdadeiro depósito de pessoas”, afirma o delegado Thiago Pereira, do Núcleo 1º e 3º DP, responsável pela investigação.
Entre os 11 resgatados estavam idosos e pessoas com problemas mentais, além de dependentes de álcool e outras drogas. Alguns apresentavam sinais de desorientação. Um dos residentes relatou que passava a maior parte do tempo no quarto, sem atividades terapêuticas.
As vítimas foram encaminhadas a familiares ou à Casa Abrigo - Instituição Irmãos de Emaús, com apoio da Secretaria de Direitos Humanos e de assistentes sociais. A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária por funcionamento sem licença.
O responsável pelo local não compareceu ao ser convocado. Ele deve responder por maus-tratos, exercício ilegal da profissão e abandono de incapaz, podendo ainda ser indiciado por tortura, caso seja constatada conduta mais grave.
Segundo a Polícia Civil, as pessoas resgatadas passam bem e estão recebendo acompanhamento adequado.