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Sazonalidade na oferta e frio prolongado podem impactar safra da uva em Palmeira d’Oeste

Sazonalidade na oferta e frio prolongado  podem impactar safra da uva em Palmeira d’Oeste
03.07.2025     Fonte: eNoroeste

A produção de uva em Palmeira d’Oeste, tradicional polo agrícola do noroeste paulista, pode enfrentar desafios na safra de 2025 devido a dois fatores combinados: a sazonalidade da oferta no mercado nacional e as recentes quedas de temperatura. Embora a colheita na região já esteja iniciando, produtores locais estão atentos à concorrência com outras regiões e às condições climáticas que podem afetar a qualidade final dos frutos.

A safra no Paraná ainda está em curso. Essa diferença de calendário, embora tradicional, acarreta desequilíbrios momentâneos na oferta nacional. Enquanto os parreirais paulistas já entregam uvas maduras ao mercado, a permanência do produto paranaense em fase final pode influenciar os preços e dificultar o escoamento da produção palmeirense.

"Esse descompasso no calendário gera uma competição temporária. Como os mercados ainda estão recebendo uvas de outras regiões, nosso produto pode perder valor ou até enfrentar demora na comercialização", explica um viticultor local que preferiu não se identificar.

Outro fator que tem preocupado os agricultores é a queda nas temperaturas nos últimos dias. A uva, embora resistente, pode sofrer impactos em sua doçura e coloração quando exposta a ondas de frio prolongadas, especialmente nos momentos finais do amadurecimento.

"A uva precisa de calor e sol para concentrar o açúcar. Se o frio se estender, há risco de prejuízo na qualidade. Isso afeta não apenas o sabor, mas também a aparência, o que pesa muito na hora da venda", comenta um técnico agrícola da região.

Apesar dos desafios, os produtores seguem otimistas, investindo em tecnologias de irrigação e coberturas para proteger os parreirais. Ainda assim, o cenário exige cautela e atenção redobrada até o fim da safra.

A combinação entre fatores naturais e logísticos mostra que, mesmo em regiões com forte tradição agrícola como Palmeira d’Oeste, a produção de uvas segue vulnerável a questões externas, reforçando a necessidade de planejamento e adaptação constante por parte dos produtores.