A mãe de uma das vítimas do homem preso no Pará, em 2024, suspeito de cometer uma série de estupros em três estados, diz que o homem invadiu a casa dela e ameaçou duas crianças com faca. A filha da moradora de São José do Rio Preto (SP), à época com 11 anos, foi abusada. Segundo a Polícia Civil, o material genético colhido em vítimas de abuso sexual na cidade é compatível com o DNA do investigado.
As investigações começaram há quatro anos, após um aumento nos registros de estupro em Rio Preto. De acordo com a polícia, os relatos das vítimas eram semelhantes - tanto em relação à aparência do suspeito, quanto no modo de abordagem.
Oito vítimas identificadas na cidade do interior de SP reconheceram o homem, que foi flagrado por câmeras de monitoramento.
Cleuson Ferreira de Souza, de 34 anos, foi preso no Pará, em 2024, suspeito de cometer uma série de estupro.
Para abordar as vítimas, o suspeito pedia um copo de água ou perguntava sobre imóveis disponíveis para alugar na região. Dessa forma, ele conseguia entrar nas residências das mulheres, onde as ameaçava e as obrigava a ter relação sexual com ele.
A mãe de uma das vítimas diz que a filha, à época com 11 anos, estava em casa com o irmão de sete anos quando foi estuprada. As duas crianças estavam sozinhas no imóvel no momento do crime.
“Ele entrou em casa. Os meus filhos estavam sozinhos. Ele entrou no quarto e as crianças se assustaram. A minha filha falou assim: ‘o que você está fazendo aqui?' Ele respondeu: ‘Ah, sua mãe pediu que eu viesse’. Ele foi saindo, a minha filha foi acompanhando ele porque achou estranho. Quando chegou na cozinha, ele pegou uma faca e começou a ameaçar as crianças. Ele deixou meu filho com o celular, trancou a porta do quarto e levou minha filha para outro quarto”, conta.
Ainda segundo a mãe, atualmente a filha tem 16 anos e ainda sofre ao lembrar a violência que sofreu. Um trauma que, segundo ela, a família ainda tenta superar.
“Na época do ocorrido ela tinha 11 anos. Para ela foi bem impactante. É um choque! Até hoje, na verdade, tem coisas que têm gatilhos. Você percebe que ela luta contra isso todos os dias”, finaliza.
Desde a prisão do suspeito, a polícia solicitou um exame para verificar se o DNA do suspeito era compatível com o material genético coletado em duas vítimas, violentadas em junho de 2022, em Rio Preto.
O resultado do exame apontou que o DNA de Cleuson é compatível com o material periciado. Além das oito vítimas em Rio Preto, Ele é suspeito de estuprar outras quatro no Pará e no Espírito Santo.
"Ele [Cleuson] disse que percorria hospitais captando clientes para acionar seguros decorrentes de acidentes automobilísticos e se apresentava bem trajado. Então fugia de toda e qualquer suspeita", disse a delegada Dálice Ceron, responsável pelo caso em Rio Preto.
Ele também percorria sempre bairros diferentes, dificultando mais ainda um padrão para ser identificado.