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Agentes e estudantes fazem mutirão contra a dengue em Rio Preto
Agentes de saúde e estudantes de medicina de São José do Rio Preto (SP) realizam esta semana um arrastão contra a dengue. Eles limpam os quintais e orientam a população para manter a limpeza e evitar outra epidemia da doença no ano que vem. No período de poucas chuvas o mosquito aproveita para colocar os ovos, que futuramente se transformam em larvas.
Os agentes e estudantes têm visitado centenas de casas da região norte de Rio Preto para orientar os moradores sobre o perigo da dengue e as formas de combater o mosquito transmissor da doença. “Fazemos visitas para orientar e auxiliar as pessoas como evitar o mosquito em casa”, afirma a agente Ana Laura Arroyo.
Na casa de Luzia Azerbato, os vasos ocupam a maior parte do quintal e isso exige ainda mais cuidados. “A gente não deixa água, nada parada porque eu tenho medo de pegar dengue”, afirma a mulher. O mutirão termina neste sábado (9) e neste ano foram registrados quase 19 mil casos de dengue em Rio Preto e nove pessoas morreram por causa da doença.
O problema é que na maioria das casas, os agentes, quando são atendidos, não passam do portão. “Morador vem com desculpa que está atrasado ou alguma outra, ou então não tem ninguém em casa. Acontece muito isso durante todo o dia”, diz a agente Maria Lúcida da Silva.
Além das casas, terrenos abertos também recebem a atenção dos agentes e todo tipo de material que pode acumular água é recolhido. “É importante o trabalho no terreno, mas o importante é conscientizar as pessoas para não sujarem os terrenos, jogando lixo no local”, afirma a agente Marilza Dutra.
Até sexta-feira (8), os agentes percorrem nove bairros da região norte de Rio Preto. Segundo o índice de breteau, que identifica o número de larvas do mosquito da dengue, esses locais concentram a maior quantidade de criadouros do mosquito.
Uma pesquisa realizada em julho deste ano, pela Secretaria de Saúde, revelou que a quantidade de larvas triplicou, em relação ao mesmo período do ano passado. “Estamos fazendo um trabalho preventivo e orientando os moradores a tirarem os criadores de suas casas porque na época da chuva aumenta o número de mosquito”, diz Izalco dos Santos, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.